domingo, 30 de maio de 2010

Da última vez que me perguntaram se eu me sentia bem, eu fui obrigada a dizer "Ainda respiro, não?". Acho que o mais certo seria dizer que eu ainda penso, porque repirar dói e o meu coração bater tem arrancado pedaços de mais de mim.
Me sinto nua e fria e incrivelmente fraca. Minha luz foi roubada por um desconhecido e o vento não bate mais do meu lado. Aquela brisa quente e gostosa que antes me aquecia não existe mais ou não é mais quente. É apenas uma coisa fria que me incomoda ainda mais.
Ainda sorrio, pois tenho a necessidade diária de fingir que sou feliz. Fingir que a brisa ainda existe ou que a sinto batendo levemente no meu rosto. Fingir que sou feliz apenas para deixar os outros felizes.
Quero me sentir dentro dos meus eixos e ver que o mundo deu uma volta que me deixou melhor. Ver que há algo além de mim, que eu ainda não sei o que é e que não saberei explicar quando souber.
Sei que não devo ficar esperando essa pessoa para ser feliz e eu sei que deveria buscar algo dentro de mim que me faça feliz. O problema é que toda vez que eu pocuro algo em mim não acho, pois agora estou vazia. Como uma boneca triste e sem vida.
Mas pode ter certeza que eu esperarei o dia que você chegar para me fazer feliz. 
Mel H.